Saturday 6 February 2010

Um museu a céu aberto


Caminhar pelas ruas de Roma é como andar por um grande museu. A história está por toda a parte, desde a fundação da cidade, no século XVIII BC aos dias atuais. Evidentemente a cidade teve seu tempo de máxima glória no auge do império romano, centro do mundo ocidental e origem de muito o que podemos hoje observar no ocidente. É impossível tentar entender a história do ocidente sem passar pelos tempos de Júlio César e do senado romano.

Além disso, a cidade é a capital do catolicismo e tem o papa como seu bispo. É a religiosidade presente em Roma, e na Itália em geral, que parece ser relevante de observação.

Atualmente não devemos encontrar nenhum adorador de Apollo ou Júpiter pelas ruas da capital italiana, embora que podemos às vezes topar com alguns dos templos construídos em homenagens aos deuses da mitologia da roma antiga, ou pelos menos as ruínas dos mesmos.

No entanto, o cristianismo na forma de catolicismo está por toda a parte. A cada esquina podemos encontrar algum templo católico, geralmente intesamente frequentado. Os costumes relacionados à igreja católico na Itália se assemelham aos métodos que ouvimos dos nossos avós, mesmo entre os jovens. A tendência de diminuição da religiosidade que pudemos observar no ocidente nas últimas décadas não parece ter chegado até aqui.

Algumas consequências são claras e fáceis de se observar: o estado, pressionado pela igreja, cancelou nos últimos anos o fundo para a pesquisa com células tronco embrionárias. Tudo por conta das supertições e dogmas da igreja católica. Em outras partes do mundo a pesquisa segue a passos mais largos, e o resultado é fácil de prever. Quando as terapias com tais células estiverem disponíveis, somente aqueles que investiram na pesquisa terão a tecnologia, enquanto os outros terão que importa-la.

Na contramão do resto da Europa, a Itália permance um dos poucos países que não reconhece união de pessoas do mesmo sexo. Esse tipo de união foi primeiramente aceita nos países onde um grande número da população se declara não-religiosa. No ocidente podemos estabelecer essa relação de forma razoavelmente clara.

Há algum tempo li em um jornal italiano uma reportagem que tentou determinar qual eram os piores modos de xingar alguém na itália. Bem no topo da lista lá estava: "Ateo". O cristianismo parece estar tão fortemente ligado ao povo italiano que a intolerância e ódio aos ateus parece ser ainda mais forte que no EUA.

O país é maravilhoso e seu povo, "molto vivace", como se diria por aqui. Mas assim como suas antigas cidades, o povo parece ter algumas características muito antigas e que não se assemelham aos outros países da europa ocidental.

Mas evidentemente, vale o passeio.